segunda-feira, julho 30, 2007

Roubado.

Procuro um amor que seja bom pra mim...

Às vezes eu fico aqui pensando porque é tão difícil achar alguém bacana. Aquele alguém, que se possa cantar, sem errar, que "no meio de tanta gente eu encontrei você...entre tanta gente chata sem nenhuma graça você veio". Poder cantar de verdade, sem depois precisar ouvir aquela música sertanjea desgraçada, que todo mundo vira a cara, mas na hora da dor, a gente pega um fonezinho e ouve, chorando, no repeat. Aquela que se pergunta porque o sujeito foi embora, que morre de saudade e que a vida não presta.

É tão gostoso quando conhecemos aquele cara interessante... Aquele que tem tudo a ver com a gente, né? Fica-se horas conversando... Tudo é legal. Tudo é divertido, e com o passar das horas temos a sensação de que finalmente achamos a outra metade da laranja. Ele te acha linda, te chama para sair, e você nem precisou escolher o lugar, porque do mesmo jeito que um quase completa as frases do outro, ele sabe aonde te levar. Lembro de um cara que conheci uma vez, e que parecia minha versão masculina. Tínhamos tudo a ver. Consersávamos sobre tudo, tínhamos mais ou menos os mesmos gostos musicais, e mesmo com o pouco tempo de conhecidos, parecia que havíamos crescido juntos. No nosso primeiro date ele me levou ao teatro e depois para jantar num restaurante no terraço de um prédio, que tinha uma vista linda para o mar. E foi tudo lindo, claro. Ainda saímos outras vezes, e todas elas foram ótimas. Até num pagoe fomos parar sem querer...mas quando a companhia é boa, nos divertimos em qualquer lugar! E a Bubuzinha aqui se acabou, hein? A sorte é que só tenho a Anta como testemunha!!! Mas eu nego até a morrrttteee!!! E o engraçado é que eu nem posso dizer que não demos certo. Nossas vidas tomaram rumos diferentes, e com o tempo acabamos nos afastando.

Sabe que até deu saudade? Se hoje eu não soubesse que ele está namorando, eu até ligaria para ele. Assim meio que sem querer, eu não to fazendo nada, nem você também. Vambora dá um rolé, trocar uma idéia sobre anatomia, ver as estrelas... Hein?

Bom, mas nem tudo são flores. Às vezes aquela metade da laranja é um caroço de jaca. O que sera sonho torna-se um pesadelo. Todas as afinidades do começo se perdem com o tempo. Vocês não sabem lidar com suas diferenças, e geralmente é só uma parte que abre mão de tudo. Geralmente nós. Insistimos naquele pesadelo com a esperança de recuperar o sonho que existiu. E posso dizer que isso é impossível, porque alguém já se habituou a ter o que quer e levar a relação do jeito que lhe convém. E nem vou falar daqueles que com o tempo a gente desconhece, e nao acredita como pôde ter se enganado tanto.

Mas o texto de hoje não é para falar do que não dá certo. Deixa pra lá. Hoje não. Hoje eu só quero saber do que pode dar certo ou pelo menos esperar pelo melhor.

Cazuza já disse que quem não sabe amar fica esperando alguém que caiba nos seus sonhos. Verdade. Não quero alguém perfeito. Quero alguém que junto comigo consiga lidar com nossas imperfeições. Alguém que tenha amigos, e que não viva só para mim, porque é muito desgastante ser responsável pelo sentido da vida de alguém. Que entenda os dias que estou nervosa, irritada, chata, implicante, de mau humor. Que minha falta de perfeição não seja motivo para desamor. Alguém que entenda que no dia em que ele estiver nervoso, irritado, chato, implicante e de mau humor vai ser um dia que vou lhe deixar falando sozinho, mas que em casa eu vou sejar muito que chegue o dia seguinte para a gente fazer as pazes e dizer "porra, ontêm você tava chato pra caralho, hein?". Pode me chamar de boca suja também. Quero alguém para confiar. Alguém que me respeite. Alguém que não 37 ex-namoradas que não desistem nunca. Alguém, que se possível, não tenha Orkut e nem ligue para Internet. Alguém que fique feliz comigo. Alguém que olhe uma mulé na rua, morra de tesão, mas que está doido mesmo é para char em casa pra me dar um beijo.

Acredito que as pessoas não precisam de ser iguais. Não precisam completar frases. Não precisam gostar das mesmas coisas. Precisamos, sim, ter os mesmos valores. Que nossos conceitos sejam os mesmos... Consciência do que é respeito, sinceridade, amor e amizade.

Esse amor eu ainda não encontrei...um diferente de todos que amei. Será que eu encontro numa fila de cinema? Ou numa mesa de bar? Acho que vou perguntar para o Frejat.
(aproveito também para pedir que case comigo!!!!)
(hein???)

Bom, dizem que dá azar procurar, né? Então vou ficar aqui só fingindo que não tô prestando atenção...

(http://www.muleburra.com)

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