sexta-feira, janeiro 27, 2006

Click.

Voltou. Hoje, sem previsão, sem pré aviso. Não podia ter sido outro dia ou outra noite que não a de hoje, porque foi assim que aconteceu.
Não podia ter sido mais nada, mais ninguém, nem tão pouco poderia ter havido outra forma de sentir outra vez.

Todos precisamos de injecções de sentimento mas por vezes torna-se tão difícil encontrar a droga certa que a maioria das vezes acabamos mesmo por desistir de a procurar. É um erro, se bem que a maioria das vezes ela aparece, como tudo, quando menos esperamos, quando menos pensamos sequer em a querer .
Hoje foi assim. Segredo? Cinema. Filme? Elizabeth Town.

Mas a droga não me faz querer criticar um filme quando nunca fui nem nunca serei um crítico capaz. Ela fez-me falar de mim, escrever, voltar a escrever, redescobrir-me.
A droga fez-me pensar em quem sou, de onde vim, onde estou e acima de tudo para onde quero ir.As respostas são tão poucas mas enquanto houver perguntas a busca ávida pelos segredos que nos questionam fazem-nos descobrir, no fundo, quem somos.
Um dia quero pegar num carro e fazer a minha viagem, sozinho, à descoberta das maravilhas que nos rodeiam, para que no fim perceba até onde queria/devia chegar.

O maior sucesso de toda a nossa existência não é o pessoal, nem o académico, nem o carro que temos ou o dinheiro que possuímos. O maior sucesso é existir. É existir, com amor por tudo o que nos rodeia, com curiosidade, com saudosismo pelo outro e pelos lugares que o outro, que era tão grande, pisou.
Quando existimos percorremos um caminho.É essa a nossa viagem, desenhada por alguém, pisando lugares que não conhecemos e deviamos conhecer, pisando lugares, e deixando neles um pouco de nós.
O importante é nunca parar. Seguindo em frente, para trás, seja qual for a direcção, nunca parar. Olhar para cada recanto e ver o que nele tinhamos deixado ou deixar lá mais um outro tanto, é aí que está o sucesso.É essêncial provarmos que somos muito mais que o efémero corpo em que habitamos.

P.S. Tinha-me esquecido. Peçam boleia e vejam o filme Elisabeth Town desse grande senhor chamado Cameron Crowe. Afinal, era sobre ele que eu não queria falar.

rise and shine

acontece-me, com alguma frequência ao acordar, espreguiçar-me com tanta força que fico tonto.
a razão? eu escolho acreditar que a energia para enfrentar o dia que aí vem é tanta que inunda os meus sentidos atordoando-os, como uma espécie de raio. mas isto sou eu :).

ps - ou então é só deus a dizer-me para ficar na cama, que não estou pronto para mais um dia.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

será..

..que sentes
esta mão que te agarra
que te prende com a força
do mar contra a barra.

domingo, janeiro 22, 2006

crossroads.

engano toda a gente. don't get me wrong.
fujo. corro. sou apanhado. por ti. não há tempo nem espaço.
tento ser protegido. abraço e perco-me no ser abraçado. MIMI! és uma boa amiga sabias? não não tens noção mas és. quem me dera proteger-te pequenina. quem me dera que me conseguisses proteger. odeio a impotência, a minha impotência. não consigo lutar nem fazer nada. só me resta desistir. eu declaro morte ao sol. não há banu nem mimi. não há tiago nem andré. não há puritanaS mimi. eu não sou o REI desta merda toda. eu não sou o rei de nada. eu já disse mas repito, sou tão pequenino e ela é tão grande. colossal. devia-me ter retirado enquanto ainda estava à frente.

sábado, janeiro 14, 2006

dias assim













you can learn me.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Inside is mind



















A ausência tinha sido longa. O regresso foi estranho,ele cheirava o mundo de maneira diferente.
Tudo tinha mudado um pouco, fosse para melhor, fosse para pior.
Não foi o morcego que voltou, porque o morcego queria sempre aparecer e quem o impedia era a luzinha que só ele via. Era a luzinha junto ao rio ou a luzinha mágica que às vezes só mesmo ele conseguia ver. A luz tinha desaparecido e tudo o que agora o guiava era o coração.Esse, dizia-lhe que o mundo tinha mudado. Algo se tinha perdido, não na ideologia, não na memória, mas no conforto, na intimidade do momento. As perguntas foram secas e as respostas a medo, a distância do coração soava a bem mais de 4000Km.

Tudo lhe parecia estranho, o mundo que estava a tentar pisar de novo, as pessoas que estava a revisitar, mas mais estranho que tudo isso, foi a perda de intimidade que o destronou.
Custou-lhe, porque quem o fez ir, foi quem mais mudou. Ele não tentou procurar uma culpa que se calhar até era sua, mas não deixou de sentir que a luz que sempre o tinha chamado tinha sido trocada pelo desconforto.

não era assim tão simples. não bastava dizerem-lhe que ele não podia estar estranho. Também lhe deviam ter dito para onde foi a luz que sempre o chamava e acima de tudo, para onde foram as pessoas que por causa da luz, ele nunca podia salvar.
foi o seu maior medo que lhe deu toda a força e foi esse mesmo que se calhar lhe tirou quem lhe tinha mostrado o caminho.

Asas cabisbaixas. Armas postas de lado. Já não há ninguém para salvar. Acabaram-se os criminosos a abater.
Agora apenas voa como eles, de pernas para baixo. Mas vai sempre voar.

terça-feira, janeiro 10, 2006

goes around comes around

a fragilidade do ser humano deprime-me..



e portugal frustra-me ao máximo.

domingo, janeiro 08, 2006

preocupa-me

quero fazer outro jantar. onde possa dar toda a atenção aos amigos que eu amo.
vocês são eu.
ninguém, mas ninguém. quero fazer outro jantar! adoro-vos tanto. a minha felicidade é a vossa. ter-vos perto de mim. do primeiro ao último. mais colegas, mais namoradas, mais tudo.
eu sei que me estraguei. eu sei que foi a desgraça. mas vocês são a minha desgraça. vocês assim o escolheram. e eu sou tão influenciável :) adoro-me.
espero que haja fotos. vídeos. tudo. hoje lembro-me ou não. quero-me lembrar.
há poucas coisas na vida, como acordar às 4 da manhã e pensar o que estou a fazer na cama. tenho pena que tenham fugido todos. abraçava-vos da mesma maneira que abracei os últimos guerreiros. os resistentes. porque a noite é um campo de batalha meus amigos.. e o general nunca vira as costas ao seu povo :)
hoje posso dizer: morri e ressuscitei. e não foi assim com jesus? e ele não nasceu no mesmo dia que eu? estou novo, pronto para a vida :) ninguém está de ressaca às 7 da manhã, mas isto sou eu.
esqueçam o plano B, isto foi o plano A. é triste não é?
esqueçam a lei do xerife.
peço desculpa a todos, e agradeço ainda mais a todos.. aturam-me.. adoram-me.. são a minha vida. sim sou um alcoólico. mas um alcoólico feliz. sou tudo por vocês. amigos do peito.