Fronteiras
" When you fall in love, it is a temporary madness. It erupts like an earthquake, and then it subsides. And when it subsides, you have to make a decision. You have to work out whether your roots are become so entwined together that it is inconceivable that you should ever part. Because this is what love is. Love is not breathlessness, it is not excitement, it is not the desire to mate every second of the day. It is not lying awake at night imagining that he is kissing every part of your body. No... don't blush. I am telling you some truths. For that is just being in love; which any of us can convince ourselves we are. Love itself is what is left over, when being in love has burned away. Doesn't sound very exciting, does it? But it is! ", John Hurt in Captain Corelli's Mandolin.
Quão ténue é a fronteira entre a paixão e o amor?
Se a paixão for o grande terramoto do desejo, da loucura e da irreverência e o amor for tudo o que resta, um pensamento mais fácil poderia conduzir-nos a olhar para o amor como algo redutor perante a paixão. Como os destroços que ficaram e as brechas que ficaram por fechar ou as feridas, que ficaram por sarar.
Não será então o amor, um enorme fio invisível, inquebrável, maleável e infinitamente 'esticável' que une duas pessoas? Julgo que o amor se encontra naquelas horas de silêncio em que nada há para dizer, ou para fazer, até que o silêncio acaba por se tornar harmonioso, sendo bem-vindo ao lugar.
No limite, o amor é inquebrável, por isso há que ter muito cuidado com a facilidade alienada com que por vezes usamos a palavra 'amar'. A verdade é que depois de a usarmos, entramos num ciclo infinito em que por mais voltas que dermos, no topo, estará sempre a palavra amor. Portanto deve-se pensar muito bem até quão longe nos devemos deixar subir neste (por vezes) muito redutor mundo das palavras, porque depois de nos deixarmos subir até à palavra 'amor', devemos fazê-lo com a consciência que subimos até um limite veertiginoso e que ainda mais vertiginosa será a queda se o sentimento que nutrimos não acompanhar na devida escala as palavras que usamos.
J.
Quão ténue é a fronteira entre a paixão e o amor?
Se a paixão for o grande terramoto do desejo, da loucura e da irreverência e o amor for tudo o que resta, um pensamento mais fácil poderia conduzir-nos a olhar para o amor como algo redutor perante a paixão. Como os destroços que ficaram e as brechas que ficaram por fechar ou as feridas, que ficaram por sarar.
Não será então o amor, um enorme fio invisível, inquebrável, maleável e infinitamente 'esticável' que une duas pessoas? Julgo que o amor se encontra naquelas horas de silêncio em que nada há para dizer, ou para fazer, até que o silêncio acaba por se tornar harmonioso, sendo bem-vindo ao lugar.
No limite, o amor é inquebrável, por isso há que ter muito cuidado com a facilidade alienada com que por vezes usamos a palavra 'amar'. A verdade é que depois de a usarmos, entramos num ciclo infinito em que por mais voltas que dermos, no topo, estará sempre a palavra amor. Portanto deve-se pensar muito bem até quão longe nos devemos deixar subir neste (por vezes) muito redutor mundo das palavras, porque depois de nos deixarmos subir até à palavra 'amor', devemos fazê-lo com a consciência que subimos até um limite veertiginoso e que ainda mais vertiginosa será a queda se o sentimento que nutrimos não acompanhar na devida escala as palavras que usamos.
J.
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